( o clima não colabora )
Taquaritinga está bonita e toda iluminada para o Natal.O comércio permanece aberto também durante a noite,atraindo fregueses em busca de presentes para amigos,familiares etc... As ruas próximas foram fechadas, para facilitar que as pessoas circulem a pé de um lado para o outro,pesquisando preços e fazendo compras.Mas...cade coragem de sair a pé para essa empreitada ?
De dia um calor insuportável de quarenta graus.Nem pensar ! Derreto toda em suor, só de espiar a rua pela janela. E agora a noite,nenhuma brisa,nemhum ventinho leve e refrescante,que me dê coragem e ânimo para bater perna na rua, borboleteando de loja em loja.
To aqui,inerte,sem coragem de sair para gastar.Até as renas de papai Noel devem estar suando em bicas com esse calor. Naum dá não...melhor tomar um banho frio e ficar deitada quietinha,fingindo de morta para não derreter.
Papai Noel que me perdoe,mas com esse clima quente e sufocante,não dá pra sair a pé gastando em compras não !
Melhor comprar pela internet ( com arzinho condicionado na sala ) e aguardar o correio entregar no portão.
Maat / 2015
A RESPONSABILIDADE DA PALAVRA ESCRITA DEVE PASSAR POR TRES PORTEIRAS : DISCERNIMENTO,SABEDORIA E INTENÇÃO.
Mesmo assim devemos ficar atentos,porque algumas porteiras vem acompanhadas de mata burros.
Maat / 2015
DIA DE TEMPERO
Dia de fazer tempero,também é dia de purificação.
Descasco cebolas chorando que nem criança. Os olhos ficam limpinhos,brilhando.
Descasco a cabeça de alho grão por grão e fico tão impregnada com a catinga que espanto qualquer obsessor do astral.Nenhum espirito impuro ousa se aproximar de mim.
Depois que tudo está bem batido no liquidificador,jogo sal com as mãos e toda energia impura é transmutada ( os cristais de sal emanam raios ultra violetas )
Consegui dois potes de temperos.
Chorei,fiquei fedida,polvilhada de sal,porém limpinha,limpinha (no físico,astral e espiritual)
Maat / 2015
Resisto...insisto...desisto.
Morfeu é mais forte do que eu
00:30...eu não sou mais eu
maat / 2015
Lavei tanta panela,tanta louça suja, que fiquei aerada.
Minha cabeça repetia insistentemente um único mantra : faça com amor,faça com amor...faça com amor...
A barriga apoiada na pedra molhada da pia,e respingada de água,molho e sabão,resmungava ( pelos movimentos do meu intestino) palavras ininteligíveis.
O sacro ofício mexeu com meu espírito : mentalizei uma oração,depois outra e outra...Só parei depois da última panela,do último prato sujo.
Faça com amor...E assim é !
M
aat / 2015